Os religiosos querem que o
Estado não intervenha na sua responsabilidade de “criar/educar” os filhos por
meio de castigos físicos. São contra a “Lei da Palmada”. O lobby evangélico no
Congresso Nacional foi forte contra essa lei, inclusive ofenderam a Xuxa, que
defende a lei.
Essa mesma bancada
religiosa é contra a liberação do remédio Canabidiol (CBD) - derivado de
cannabis sativa sem princípio psicoativo -, que é utilizado por pessoas, na
maioria crianças, que sofrem com epilepsia. Assim, os religiosos ativistas são
contra e a favor da liberdade dos pais de criar, educar e influir na vida do
filho. Querem eles que o Estado intervenha, por meio da ANVISA, proibindo os pais de
darem o medicamento mais saudável que há pra esse tipo de doença só porque na
fórmula contém maconha, aliás, o princípio ativo da erva.
Os efeitos colaterais desse medicamento são mínimos. Pra se ter uma ideia, há remédios para epilepsia que causam redução da visão periférica do paciente, e produzem pouco efeito. O único efeito adverso do Canabidiol é a sonolência.
A saúde das pessoas não
deveria passar pelo discurso moralista religioso, sobretudo quanto à saúde de
crianças. Não há fundamento para proibir o remédio baseado na moralidade cristã
de não condenar certas substâncias e permitir outras.
Não que espero coerência
dos religiosos, mas, por favor, sejam menos hipócritas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário