segunda-feira, 14 de julho de 2014

Remédio de Maconha I – A Prejudicial Hipocrisia Religiosa



Os religiosos querem que o Estado não intervenha na sua responsabilidade de “criar/educar” os filhos por meio de castigos físicos. São contra a “Lei da Palmada”. O lobby evangélico no Congresso Nacional foi forte contra essa lei, inclusive ofenderam a Xuxa, que defende a lei.

Essa mesma bancada religiosa é contra a liberação do remédio Canabidiol (CBD) - derivado de cannabis sativa sem princípio psicoativo -, que é utilizado por pessoas, na maioria crianças, que sofrem com epilepsia. Assim, os religiosos ativistas são contra e a favor da liberdade dos pais de criar, educar e influir na vida do filho. Querem eles que o Estado intervenha, por meio da ANVISA, proibindo os pais de darem o medicamento mais saudável que há pra esse tipo de doença só porque na fórmula contém maconha, aliás, o princípio ativo da erva.

Os efeitos colaterais desse medicamento são mínimos. Pra se ter uma ideia, há remédios para epilepsia que causam redução da visão periférica do paciente, e produzem pouco efeito. O único efeito adverso do Canabidiol é a sonolência.

A saúde das pessoas não deveria passar pelo discurso moralista religioso, sobretudo quanto à saúde de crianças. Não há fundamento para proibir o remédio baseado na moralidade cristã de não condenar certas substâncias e permitir outras.

Não que espero coerência dos religiosos, mas, por favor, sejam menos hipócritas.

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