terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Mimimi sobre o BBB

Ariadna, ex-BBB (a foto não foi escolhida por acaso)

Sobre o BBB, que está recomeçando hoje, sabemos que, com as postagens no Facebook sobre o programa - como se todos, além de meteorologistas, fossem contratados pelo site EGO -, choverão críticas. Acredito que o exemplo delas vale pra bastante coisa na vida.

Vejamos. O BBB é um programa para maiores de idade. O que é feito lá é com o consentimento dos participantes. Ainda que sejam obrigados por contrato a fazer ou dizer certas coisas, o máximo que podem transgredir são as cláusulas contratuais, nada contra sua liberdade individual ou que tenha feito sob coação. O mesmo pode se dizer de quem assiste. O telespectador não é obrigado a ver, votar ou acompanhar. Embora tudo na Globo, e até em outros canais, seja vinculado de alguma forma ao programa, é de livre escolha de quem está na frente da televisão ver ou não. É o poder do botão vermelho do controle remoto. Sem entrar no mérito da qualidade do programa, se é de bom ou mau gosto, se é imoral e contra os bons costumes ou reflete a realidade da vontade de cada um, se o Bial é ou não um asno que chama os participantes injustamente de heróis, e desconsiderando a curiosidade antropológica da trama – que já se exauriu na segunda edição -, o programa está aí e não vai ser alguns milhares de compartilhamentos dessa rede social que vai mudar isso. Nem xingar muito no Twitter.

Acho bem difícil que alguém não tenha visto e acompanhado ao menos uma edição do BBB, que sejam as primeiras. Bater de frente com BBB é como gritar pra uma parede que a cor dela é feia.

Nossa liberdade é vilipendiada diariamente da mesma forma com que os críticos maldizem à série. Se uma pessoa acha errado que você tenha tatuagem, use alargador na orelha, se vista como uma pessoa do outro sexo, tenha outra orientação sexual diferente ou que divirja da opinião dela em qualquer outra coisa, trata logo de dar o diagnóstico da sua diferença, dizendo ser a dela uma verdade melhor que a sua.

Finalizando, quer ver, veja; quer ler, leia; quer correr pelado na rua, seja um preso feliz. Só não tente impor aos outros suas próprias convicções. Use o bom senso e tente argumentar sem dar um tiro no próprio pé e sair parecendo o idiota que você quis fazer com que o outro parecesse.

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