quarta-feira, 24 de novembro de 2010

No cais de São Brás

No Cais de São Brás




Ela despediu-se de seu amor, que em um barco partia
No cais de São Brás, onde ele jurou que voltaria
E encharcada em prato ela jurou que esperaria


Mais de mil luas se passaram
E ela estava sempre no cais... esperando


Muitas tardes se passaram
Passaram-se em seu cabelo e seus lábios


Vestia o mesmo vestido, pois se ele voltasse não iria se enganar
Os caranguejos a mordiam, sua roupa, sua tristeza e sua ilusão


E o tempo se escorreu, e seus olhos se encheram de amanheceres
Pelo mar se apaixonou e seu corpo se enraizou no cais.


Sozinha no esquecimento, com seu espírito
Sozinha, com seu amor em mar, no cais de São Brás


Seu cabelo se branqueou, mas nenhum barco seu amor a devolvia
E todos a chamavam de louca, a louca do cais de São Brás


Em uma tarde tentaram levá-la a um manicômio
Mas ninguém podia arrancá-la
Do mar jamais a separaram


Sozinha no esquecimento, com seu espírito
Sozinha, com seu amor em mar, no cais de São Brás
Quedou-se sozinha até o fim
Com o sol e com o mar, ficou nesse lugar
Sozinha no cais de São Brás




Tradução meia-boca feita por mim para música “El Muelle de Sá Blás”, de Monchy e Alexandra, interpretada por Maná.

Um comentário: